segunda-feira, 26 de outubro de 2015

As aventuras do Aviãozinho Vermelho - Ótima dica de filme para trabalhar com os alunos! As aventuras do avião vermelho' conta a história de Fernando, um menino travesso. Preocupado com a desobediência do filho, o pai lhe dá um livro de presente. Todo feliz, Fernando passa a tarde lendo histórias. A que ele mais gosta é a do valente Capitão Tormenta, que percorre o mundo num avião vermelho. O menino decide que também quer ser aviador. Fernando ganha outro presente; um aviãozinho vermelho. O menino agora podia brincar de ser Capitão Tormenta. Em companhia de seu ursinho ruivo e do boneco Chocolate, ele passeia pela Lua, pela China, pela África e chega à Índia. No percurso, enfrenta relâmpagos, ventanias e até um exército de tico-ticos. Os viajantes ainda vão parar no fundo do mar, onde o aviãozinho se transforma num submarino. LINK: https://www.youtube.com/watch?v=PE4LSysj0sw

Romero Britto e Erico Verissimo em uma mesma manhã!

A Comissão de Educação aprovou, na última quarta-feira (1º), o Projeto de Lei 7798/14, que inclui o transtorno mental na lista de doenças que englobam a educação especial. O objetivo é estender o atendimento educacional especializado aos educandos com transtornos mentais. Link: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/491720-COMISSAO-APROVA-INCLUSAO-DE-ALUNOS-COM-TRANSTORNO-MENTAL-NA-EDUCACAO-ESPECIAL.html

quinta-feira, 21 de maio de 2015


Alfabeto de Libras


"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música
não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas
para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".
(Rubem Alves)









quarta-feira, 20 de maio de 2015


Dificuldades de Aprendizagem


   
       Para uma aprendizagem de qualidade é relevante ressaltar a importância de a mesma acontecer dentro de um contexto social, construindo uma relação entre os sujeitos participantes deste processo, não adianta oferecer quantidades de estímulos se o resultado do que se quer ensinar não tenha significado para o aprendiz, seja descontextualizado de sua realidade. É necessário estimular as capacidades, e em relação aos alunos com necessidades educacionais especiais visar práticas funcionais, tornando-os cada vez mais independentes e autônomos.
       Segundo Bartoli, apud García (1998, p.39), “a conceitualização das dificuldades de aprendizagem, de uma maneira ou de outra, implicará tanto para a construção de um modelo de educação ordinário quanto para a educação especial”.
      Dificuldades de aprendizagem e Distúrbios de aprendizagem parecem ser termos complementares ou até mesmo similares, indiscriminadamente educadores estigmatizam alunos com estes termos por desconhecimento.
      Um distúrbio de aprendizagem remete a um problema ou a uma doença que acomete o aluno de forma individual e orgânica, deve-se ter muito cuidado no uso desmedido desse termo, já que a utilização deste “diagnóstico” por parte dos professores em relação a seus alunos está cada vez mais comum nas escolas, fazendo com que as dificuldades dos alunos sejam classificadas como patologias.
      Segundo Miranda (2000) a utilização do termo “distúrbio de aprendizagem” chama a atenção para a existência de crianças que frequentam as escolas e apresentam dificuldades de aprendizagem, embora aparentemente na possuam problemas em relação aos aspectos físicos, sensoriais, intelectuais ou emocionais. Este rótulo, segundo o autor, ocasionou que durante muitos anos essas crianças fossem ignoradas, mal diagnosticadas ou maltratadas e suas dificuldades designadas de várias maneiras equivocadas como: hiperatividade, síndrome hipercinética, lesão cerebral, disfunção cerebral, disfunção na aprendizagem.
     Portanto se faz necessário diferenciar distúrbios de aprendizagem de dificuldades de aprendizagem. Conforme Fonseca (1995) o distúrbio de aprendizagem está relacionado a um grupo de dificuldades específicas e pontuais, caracterizadas pela presença de uma disfunção neurológica. Já a dificuldade de aprendizagem seria um termo mais global e abrangente com causas relacionadas ao sujeito que aprende aos conteúdos pedagógicos, ao professor, aos métodos de ensino, ao ambiente físico e social da escola.
      Essa diferenciação é muito importante na realidade inclusiva, pois percebendo a raiz do problema de aprendizagem será possível perceber se há necessidade de mudança nos métodos, materiais, ambiente, ou se há a real necessidade de encaminhamento para uma Sala de Recursos Multifuncional.
      Muitos aspectos envolvem a aprendizagem, e o fracasso nesse processo é muito acentuado nas escolas, a desigualdade social, obstáculos próprios ao conteúdo trabalhado, dificuldades referentes ao próprio processo de desenvolvimento, precariedade das condições funcionais e estruturais das escolas e ainda atividades como a leitura e a escrita que foge do contexto diário da maioria dos alunos de escola pública são questões que devem ser avaliadas no momento em que se percebe a dificuldade dos alunos.
     Um enfoque ecológico relacionado à dificuldade no aprendizado pode ser sintetizado em cinco aspectos:


     
1.              Interação Social: Linha iniciada por Vygotsky e retomada pelos enfoques sócio-histórico-culturais. A aprendizagem supõe uma autêntica comunicação aprendiz-mestre, em igualdade e respeito, atuando o professor na Zona de Desenvolvimento Proximal de forma dinâmica ou formatos agradáveis e motivantes em que se repetem as tarefas e se possibilita a aprendizagem;
2.              Reflexão e resposta pessoal: O aluno aprende de forma ativa, pessoal e afetiva em processos interativos com o contexto físico e social, com o professor, educador ou adulto, com as outras crianças, com as tarefas;
3.              Integração: Como numa orquestra, integram-se os diferentes processos no desenvolvimento de uma tarefa, como por exemplo, a leitura ou a escrita, ou o cálculo. Essas atividades implicam conjugar conhecimentos prévios, a automatização, a reflexão, as autoperguntas;
4.              Transformação e crescimento: A mudança que se produz com a aprendizagem supõe a conquista de novos níveis de conhecimento, a conquista de novos níveis de consciência, de pensamento, de criatividade, de poder transformador ou liberador, na terminologia de Freire;
5.              Globalidade ecológica, equilíbrio e ajuste: Em cada aprendiz, atuam diversos sistemas e subsistemas (ecologia) interatuando a cultura  e a natureza concretizado na família, na escola, no aluno, na comunidade de forma equilibrada e encaixada como um todo. (GARCÍA, 1998, p. 40/41)




       Os sistemas de classificação etiológicos estão preocupados com a classificação das dificuldades de aprendizagem a partir da causa de origem. Os sistemas funcionais levam em conta o nível atual de funcionamento, podendo lançar mão de várias formas de medidas.



      Na classificação funcional, a base muda para alguma medida do nível de desempenho atual da criança. , nesse sistema de classificação, dois grupos são normalmente separados, em função de medidas de inteligência. O primeiro grupo é formado daquelas crianças cujo nível intelectual de desenvolvimento é significativamente inferior à média, são chamadas de lentas, ou em casos mais graves, de deficientes mentais. O segundo grupo, são as crianças com nível geral de desenvolvimento intelectual normal, mas que, apesar disso, apresentam dificuldades em tarefas específicas. (DOCKRELL; McSHANE, 2000, p. 14)



   

      Segundo Garcia (1998) quando se quer examinar a variedade da dificuldade decorrente de uma etiologia particular ou no prognóstico em longo prazo de uma dificuldade usa-se o sistema de classificação etiológica. Dentro desse sistema há a separação entre dois tipos de sistemas de classificação: casos de causa identificada e casos de causa hipotetizada. Nos casos de suspeita de dificuldade de aprendizagem é imprescindível que sejam realizados testes de avaliação dos sistemas sensoriais.
      O número de casos de alunos com dificuldades no processo de aprendizagem assusta e cresce a cada ano, padrões de comportamento considerados perturbadores pelos professores são confundidos com essas dificuldades do processo de aquisição do conhecimento, muitos educadores procuram respostas para esse problema na área médica, demonstrando que o atual quadro da educação que apresenta grande número de alunos com fracasso escolar e condutas antissociais são o principal problema nesse processo de ensino-aprendizagem na escola atual.

     Importante ressaltar que muito contribui para esse elevado índice de fracasso escolar a expectativa de aluno ideal imaginado por grande parte dos professores, o que é um problema quando a maioria das escolas públicas é frequentada por crianças com: carências econômicas, culturais, acesso às drogas, convívio com alcoolismo, familiares desempregados, ou seja, fatores que promovem a segregação social resultando na marginalização dessas crianças e adolescentes, o que provoca confusão entre esses fatores e as dificuldades ou distúrbios de aprendizagem.

domingo, 17 de maio de 2015


INCLUSÃO ESCOLAR!
Vivenciar a era da inclusão é presenciar a confusão de entendimentos a respeito do assunto “deficiência”, é perceber distinções de práticas educativas em função dela, é sentir o medo, a estranheza e até hostilidade em relação às pessoas com necessidades educacionais especiais, e tudo isso se deve ao fator “ignorância”. A falta de conhecimento sobre o assunto é a causa maior das barreiras atitudinais, conceituais e até estruturais das escolas para o pleno desenvolvimento da inclusão. Perceber todos os dias as barreiras intransponíveis que a errônea percepção de incapacidade intelectual das pessoas com deficiência gera, faz com que se busque uma análise mais abrangente sobre o assunto, afinal, as pessoas com deficiência intelectual são capazes de aprender? Essa tomada de consciência é fundamental para que as reflexões acerca da inclusão passem para a ação. Perceber a pessoa com deficiência como uma pessoa capaz, como um ser atuante e crítico torna possível uma mudança no ato de educar, preparando os alunos incluídos para uma efetiva participação no âmbito social. Como professoras que presenciam todos esses desafios da escola para fazer uma educação para todos, percebemos a importância de buscar o esclarecimento do processo de aprendizagem das pessoas com deficiência, para que daqui a alguns anos a aprendizagem seja uma ferramenta para que as pessoas com necessidades educacionais especiais possam ocupar seu lugar na comunidade em que vivem. Escondê-las e negar-lhes a vida social não é mais admissível, com essa nova concepção de educação isso não deverá mais ocorrer, as pessoas com necessidades educacionais especiais deverão ser integradas e receberão as mesmas condições de ensino das demais.